quarta-feira, 28 de outubro de 2009

forever,

Hoje eu estava pensando o quanto eu mudei de uns tempos pra cá. O quanto eu me afastei das pessoas, o quanto as pessoas se afastaram de mim. Sabe, isso não é bom. Mudar. Afastar-se dequem você mais ama. Mas o que poucos entendem, é que não é bem uma opção. Na verdade é tudo muito natural. Natural até demais. E nós, ao invés de nos esforçarmos um pouquinho e correr atrás de manter as "velhas" amizades, nos acomodamos com a situação "atual" e tentamos arranjar novos amigos. A questão é que muitos desses amigos "perdidos" não são substituíveis, e por mais que você os procure em um outro alguém, jamais os encontrará.
Eu já perdi a conta de quantas amizades já foram "esquecidas" devido ao tempo e a distância. Já perdi a conta das vezes que tentei me reaproximar dessas pessoas. Já perdi a conta das vezes que deu certo. E já perdi a conta também de quando não tive sucesso algum com isso, nas vezes em que ao invés de voltar a conversar com a pessoa, eu só me decepcionei - ainda mais - com ela. O mais incrível é que apesar de tudo, eu ainda me lembro que cada amiga e cada amigo que já tive na vida. Inclusive aqueles do maternal e pré, os quais a gente ainda ouve falar de vez em nunca. Muita gente costuma classificar as amizades. Pra mim todas ficam no mesmo nível, e eu me sacrificaria igualmente por todas.
Ok, é meio óbvio que sempre vai ter a mais atrapalhada pra te fazer rir o tempo todo - inclusive quando não deve; a mais briguenta, com a qual você vai cansar de discutir diariamente; a mais "sincera", que vai te dar aqueles trancos quando você precisar; aquela toda fofa, que só de olhar pra ela você já sente vontade de voar no pescoço e esmagar até morrer - ou matá-la sem ar, haha; a mais cdf, que só pensa em estudar, mas te salva de uma nota vermelha dois dias antes da prova; aquela meio palhaça, que fala besteira o tempo todo, mas sempre te ajuda quando você precisa; aquela que você não conhece há tanto tempo, mas que já é uma irmã pra você e é claro, aquela melhor amiga que sabe o que se passa contigo sem que você precise dizer nada. E tem também os amigos meninos. Tem aqueles que te são como irmãos, você tem vontade de matar, mas morreria por eles; tem aquele que te conhece desde pequena, que teve paciência suficiente pra te ensinar a andar de skate - até o momento em que ele foi amassetado por um caminhão porque você entrou em surto com medo de morrer e o largou no meio da rua; aquele que apesar de ser homem e não fazer ideia do quão terrível é a sua cólica, finge entender e diz que também está com uma dor de cabeça terrível pra te consolar - como se isso pudesse ser comparado a cólica; tem aquele que te deixa ganhar no videogame; tem aquele que te ensinou a jogar videogame; tem aquele que já confundiu os sentimentos por você; aquele que você já confundiu os sentimentos;
Eu sinto falta de vocês. De todos vocês. E acho que seria inútil pedir que tudo volte a ser como era antes, porque bom, a realidade é que não vai voltar. Então eu gostaria de pedir perdão. Por todas as vezes em que vocês precisaram, e eu não estava lá. Por ter sido uma péssima amiga. E por - o que mais me dói - ter me deixado perder vocês. Me perdoem. De verdade mesmo.
E quanto aos que eu ainda não fiz burrada nenhuma... Obrigada. Por tudo, e não se esqueçam, eu amo vocês.

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